Dentro de poucos dias fará dois anos desde que os atuais Órgãos Sociais da Associação de Futebol de Angra do Heroísmo tomaram posse. Qual o balanço que faz deste período?

Começando pelo ato eleitoral, foi um momento que movimentou os clubes filiados e onde se verificou um debate de ideias das duas listas concorrentes.

A atual direção teve o cuidado de escolher para os órgãos sociais pessoas de diversas áreas de formação superior, bem como, pessoas com muita experiência e conhecimento no mundo do futebol e futsal, o que tem sido uma mais-valia, e verifico que tem levado a cabo o seu programa eleitoral.

Ao longo destes quase dois anos, a mesa da assembleia geral e ao contrário do que acontecia no passado, temos dado cumprimento integral ao que está consagrado nos estatutos fase ao número de assembleias que devem ocorrer no período de cada ano e, registado com imensa satisfação uma forte participação dos clubes filiados nas assembleias gerais. Verifico também uma preocupação por parte da AFAH em debater com os clubes diversos temas, de forma a auscultá-los e informá-los, e uma grande participação dos filiados nestes momentos.

Quero ainda salientar o trabalho da AFAH nas três ilhas sob a sua jurisdição em prol do futebol e futsal, bem como a colaboração que existe com a Federação Portuguesa de Futebol. Colaboração esta que é e será muito importante, tendo em vistas desafios como os projetos 2020 e 2022, relacionados com a certificação da formação nos clubes. No entanto, aqui tenho de referir que considero terem sido mal geridas, por parte da FPF, na pessoa do seu Presidente Dr. Fernando Gomes, as questões de subida de divisão, situação que prejudicou sobremaneira o filiado Sport Club Praiense que foi claramente injustiçado, bem como a falta de coerência e critério entre as diferentes divisões. Julgo, inclusive, que este tema será colocado pelos clubes em cima da mesa na próxima assembleia geral.


Daqui por dois dias, no dia quinze, terá lugar a Assembleia Geral da AFAH. Só que desta vez em moldes diferentes. Como será este momento?

Esta assembleia geral era para ter sido realizada há sensivelmente dois meses, mas devido à pandemia de Covid-19 teve de ser adiada. Agora, e de forma a ser mais prático a nível logístico optámos por realizá-la por videoconferência. Na próxima segunda-feira teremos a apresentação de contas de acordo com o previsto nos estatutos e outros assuntos de interesse para a Associação e, naturalmente, contamos com a presença massiva dos nossos associados para enriquecimento do debate.


O atual mandato está a meio. Quais são as perspetivas para a metade que aí vem?

Espero que seja um futuro risonho, a nível da formação e do futebol e futsal sénior. Mas sei que teremos novos desafios pela frente, nomeadamente devido ao período que atravessamos, o que aumenta os níveis de cuidado e responsabilidade, e cria dúvidas e incertezas, como é o caso dos novos calendários desportivos. No entanto, estou convicto de que a AFAH, em articulação com a Autoridade Regional de Saúde, vai estar à altura.

 A formação será também um grande desafio, pois a existência de outros desportos na Região permite a que as crianças e os jovens possam optar pela prática de outras atividades em detrimento do futebol e futsal.

Para terminar, quero deixar uma palavra de elogio para com todos os dirigentes desportivos e colaboradores da Associação que têm feito um ótimo trabalho. Temos verificado que os jogos organizados pela AFAH, nomeadamente os torneios das seleções e as finais, têm decorrido de forma muito positiva e com muitos adeptos nas bancadas.